sábado, 31 de outubro de 2009

Dia do Saci!!! - por Lúcia Gomes

Trabalho de Lúcia Gomes. Performance/Fotografia. 2009.

Para quem não sabe, apesar de não termos Halloween no Brasil, temos o Dia do Saci, aquele moleque levado que vive aprontando peças por onde passa!
Para comemorar este dia, a colega Lúcia Gomes, que é uma artista plástica daqui da terrinha, mas que agora está morando na Suécia (ou será Suíça???!!), fez esta homenagem e mandou pro povo daqui por email (em slide e, que eu transformei em vídeo, para poder compartilhar com todo mundo aqui).
Lucinha é menina muito querida, mas muito... muito levada! Olhem o que ela aprontou com a pobre Monalisa pelas florestas européias!!!
Lucinha é o próprio Saci!
Obs: para conhecer mais o trabalho de Lúcia Gomes, clique aqui.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Senta que lá vem a história - parte 2

AS BIJUTERIAS
Entre 2003 e 2005 eu fiz coisas assim. (clique na imagem para ampliá-la)

Em 2007 eu fiz bijuterias como estas. (clique na imagem para ampliá-la)

Não me lembro bem quando comecei a fazer bijuterias. A sensação que tenho é que tenho esse hobby desde a vida inteira. Fazia para uso próprio e para dar de presente às amigas. Mas foi por volta de 2003 que comecei a vender as peças de forma mais profissional. Trabalhava em um bar-café (maravilhoso) chamado "Almazen" (um bar frequentado por intelectuais e artistas), que era da amiga Michelle Cunha. Lá, eu era responsável pela lojinha anexa ao café e foi lá que comecei a vender de forma mais sistematizada.
Ainda tenho muito material e ainda curto muito fazer as bijus, mas o tempo já não é mais tão generoso para essa atividade.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Precisa-se de voluntários!!!

Eu já sou voluntária nesta campanha.
Ajudem a divulgar!!!
Beijos,
Sil.
Clique na imagem para ver os detalhes

sábado, 24 de outubro de 2009

Caminhando...

Luna inciciou a evangelização no Caminheiros do Bem.
Cuidar da beleza externa é importante, né gente, mas cuidar do espírito é fundamental!

Um domingo iluminado para todos!!!

beijos,
Sil.

Pomar na loja das amigas...

Algumas das últimas peças da Coleção Amores estão à venda na Loja da Mariana Bibas / Maria Belém / Só Maria, que Fica na Generalíssimo Deodoro, entre Domingos Marreiros e Boa Aventura da Silva.
A loja é uma fofura e muito chique e tem os acessórios da Mariana Bibas, as roupas bem estruturadas, meigas e charmosas da Clara Carneiro (Maria Belém) e da Carina Moura (Só Maria).
Abaixo, foto das meninas talentosas e da loja, que é uma doçura. (desculpem, meninas, afanei as fotos do blog da Clara, pq não tinha nada em arquivo).
Clara, Mariana e Carina

domingo, 18 de outubro de 2009

Processos Criativos

O texto abaixo é resultado do "Laboratório de Criativação" do Senai Cetiqt, que participei em setembro, como parte do lançamento do Diário de Inspirações para o Design de Moda - Verão 2010/2011. (O catálogo é maravilhoso!!!)
O laboratório previa trabalhar planejamento de coleção. Fiz dupla com minha amiga Paloma, da marca Mucha e simulamos uma única marca, já que nossas marcas falam a mesma língua.
O primeiro passo consistia em criar um painel com colagens definindo a nossa personagem, nosso público alvo;
O segundo passo era descrever essa personagem em texto, de forma que criamos a Olívia, a mulher da nossa marca. (não é um nome romântico?);
O terceiro passo era escolher um local turístico da cidade como argumento atrativo da coleção e criar novo painel e um texto que dissesse desse lugar algo que o tornasse sedutor aos olhos de nosso cliente;
E o quarto passo era desenhar uma mini-coleção, tendo como foco o público-alvo, ou seja, a nossa Olívia e como tema o lugar escolhido.

Ao invés de um painel que falasse do lugar que escolhemos, preferimos fazer um postal para a nossa amiga Olívia e, falamos, através desse postal do Borboletário do Mangal das Garças, um belo parque ecológico de Belém. O resultado está abaixo. Infelizmente, não tenho os desenhos da coleção aqui comigo,mas foram roupas românticas, com laços e detalhes que fazem referências às asas de borboletas em vestidos e batas muito líricas.

Descrevendo a personagem:

Olívia é uma mulher fascinante: madura, mas com certa meninice e inocência em suas atitudes, que entretanto, lhe conferem todo o seu “sexy apeal”.

Sim, Olívia é sexy! Como não sabe ser de outro jeito (aquele jeito de ser sexy e provocante que a maioria das mulheres e também dos homens acreditam que é ser sexy), ela tira proveito do jeito que sabe ser e explora todo o potencial de seu gestual delicado: extremamente meiga, educada, bem humorada e com certo olhar e sorriso maroto de menina descobrindo as maravilhas do mundo, não importa em que mundo esteja. Porque Olívia, além de tudo e apesar de determinada na vida, é uma mulher sonhadora e não é difícil encontrá-la com os pés descolados do chão, seja pelo romance que esteja lendo no momento, seja imaginando a viagem das próximas férias ou mesmo fantasiando seus desejos mais íntimos. E são os sonhos que a movem verdadeiramente. E como tem alma de menina, carrega consigo as dúvidas e paixões da juventude.

É uma mulher culta e informada. Gosta de arte, cinema e literatura e quando pode, vai a concertos eruditos. Entretanto, consegue gostar de boa música pop e comédia romântica na mesma proporção. Acha a vida sem graça sem que possa rir de si mesma. Tanta flexibilidade permite com que ela se relacione com facilidade em diversos meios sociais, sempre com desenvoltura e muita simpatia. Não é do tipo hiper-mega-ultra popular, mas é um tipo que as pessoas tem prazer em ter por perto, não só na hora de diversão: Olívia é a amiga que tem sempre uma palavra de conforto e se lhe faltam as palavras, há sempre um gesto, um se fazer presente que não passa despercebido.

Delicadeza, respeito, sonhos e amor são palavras que orientam a sua vida e seu jeito de ser no mundo. E essa atmosfera também imprime o modo de morar e suas preferências de lazer. Gosta de ambientes aconchegantes. Assim, lojas, livrarias e restaurantes com layout do tipo “mi casa es su casa” são a sua melhor opção. Sua casa mistura, com harmonia, objetos de design contemporâneo e decoração com certo perfume retrô. Ela detesta ambientes comprados prontos ou montados inteiramente por um decorador, sem a identidade do seu dono. Ela também guarda uma caixa com acessórios que herdou de sua avó ou que garimpa em brechós, mas que não ficam guardados... em algum momento vão compor o “look” romântico-contemporâneo que ela tanto gosta e no qual se sente mais confortável e sexy.

Um de seus programas preferidos é um improvisado “petit-comité” na casa das amigas, desses de se passar horas falando, bebericando e “comericando” até se esgotarem todos os assuntos femininos, do esmalte da moda até a última transa em que foi nas nuvens com o príncipe da vez.

Ela é design gráfico de uma importante editora e é bem sucedida profissionalmente, mas não ostenta luxo pelo luxo apenas. Tem fascínio por viajar e aprecia tanto um lugar mais rústico, porém aconchegante, como as pequenas cidades mineiras, como ir à Paris no verão. Mas o mais importante é poder compartilhar desses momentos com as pessoas que ama.

Olívia é uma mulher muito prática, que e usa a tecnologia de forma consciente e funcional. Não é consumista, do tipo que compra compulsivamente, mas é capaz de se derreter de paixão diante de um sapato ultra lindo e diferente numa vitrine e ficar de bolsos vazios!

Cartão postal: Borboletário do Mangal das Garças -Belém-PA

Querida Olívia,

Que maravilha saber que você vem à Belém! É uma cidade cheia de encantos e apesar do calor, tenho certeza que você nunca mais vai esquecer os perfumes, as cores, os sabores e, quem sabe, os amores daqui. Haverá de ter cuidado para não se deixar enfeitiçar pelo boto!

Não podes deixar de ir ao Mangal das Garças, um parque ecológico belíssimo à beira da Baía do Guajará. Lembre-se de reservar um tempo para aproveitar a brisa à beira do rio. O por-de-sol no píer é encantador!

É claro que uma parada para um drinque e um bom pescado com iguarias típicas preparado pelo melhor chefe da cidade no charmoso restaurante Manjar das Garças não pode faltar nesse roteiro. Ainda mais se você estiver acompanhada! Ulalá!

Mas vou confessar: o que mais me lembra você nesse lugar mágico é o borboletário, porque é latente a memória de nossa fascinação juvenil pelas borboletas: os diários, cujos registros de nossos amores de adolescentes sempre decorados e simbolizados por desenhos de borboletas; a primeira tatuagem, discreta e pequenina... Isso sem falar de toda a metáfora que as fases da borboleta pode significar no contexto dos longos anos de nossa amizade.

Ah, recordar é viver! E sei que você vai entender essa minha nostalgia repentina quando estiver lá dentro do borboletário do Mangal das Garças. É apaixonante ver dezenas de borboletas voando ao redor como num balé improvisado. Além disso, a biologia das borboletas é fantástica! No Mangal existe uma curiosa estrutura e tecnologia para fazê-las procriar e para mantê-las vivas e, nesse mormaço constante de Belém, as borboletas passam melhor que a gente, porque até ar condicionado tem especialmente para elas! Algumas espécies não vivem mais que 48 horas.

Lembro que certa vez, você, apaixonada por um rapaz que não lhe dava bola, enviou anonimamente para ele uma história que encontrou em um livro de fábulas, cuja borboleta se apaixonou por um beija-flor e, estando ela em suas últimas horas de vida e cansada de esperar pelo amor do pássaro, decidira que, se morrer era inevitável, que morreria então por amor e, então, pôs-se no caminho do vôo de seu amado, que a atravessou de morte com seu bico afiado, em pleno vôo veloz. E então, a borboleta morreu feliz!

Até hoje me encanta essa história e é impossível não lembrar de você em meio a tantas borboletas no Mangal das Garças. Acho que você vai cair de amor pelo borboletário, onde também convivem em harmonia alguns beija-flores.

Então, não se demore em vir. Há um mundo novo para você descobrir pelas bandas de cá. Não esqueça a máquina fotográfica. Belém te espera de braços abertos!

Beijos,

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Senta que lá vem a história - parte 1

AS ARTES
Eu entrei na facul em 1994. Formei-me em arte.
Lá pelos fins dos 90 fiz fotografia co Miguel Chikaoka. Participei de algumas exposições coletivas.
Eu também fazia colagens...
Eu já fiz coisas assim...


Técnica mista.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O eterno retorno - a natureza de cada um.

Não tenho a memória exata de quando comecei a me interessar pelo "mundo sensível", mas tenho a memória de sempre ter sido um pouco diferente da maioria dos meus amigos de infância. Tinha gostos pra tudo diferente de todos e, lembro também uma preferência por dias nublados, o que, segundo psicólogos e meu pai, era uma propensão à uma personalidade depressiva e na melhor das hipóteses, melancólica (prefiro a segunda opção porque, segundo minha amiga Paloma, a melancolia tem certa beleza). Hoje, eu adoro dias ensolarados, desde que eu não esteja exposta a ele e adoro curtir o pôr-do-sol, o que, de certa forma, confirma o meu lado melancólico. Ainda assim, não deixei de gostar de dias nublados.

De fato, fui uma adolescente meio rebelde e em algumas fases sofri de uma certa misantropia, que é uma aversão ao convívio social. Isso me fazia sofrer. Mas isso se deu porque eu entrava em conflito com determinados meios sociais aos quais eu não me adaptava muito bem, então, tendia a viver em certo isolamento e meu lugar preferido era o meu quarto, uma espécie de mundo mágico, onde eu criava meus próprios amigos, grafitava as paredes, escutava as músicas de minha preferência e dançava sozinha sem correr o risco de ser julgada pelos meus gostos "estranhos".

Gosto da metáfora do clima, das estações. Uma analogia aos nossos estados da alma. Afinal, somos como a natureza, há dias de sol, dias nublados e até de tempestades. A bonança vem sempre como uma luz lateral de fim de tarde, aquela que tem um brilho mágico de por-de-sol, cuja contemplação nos faz confundir se a luz é fora ou dentro da gente e ficamos meio bobos, quase embriagados.

Não, não são todos que experimentam tal percepção, como não são todos que percebem a verdadeira essência de um amigo ou ainda de um filme, um poema ou uma obra de arte. Para alguns esta é uma conversa de doido. E afinal, era assim que a maioria dos meus amigos de infância e adolescência me viam.

E talvez seja esse deslumbramento quase pueril que me acompanha por toda uma vida e que não sei bem como ou quando começou, que me trouxe aonde estou e me transformou no que sou hoje. Eu cresci, amadureci, ganhei responsabilidades e compromissos de gente grande, mas meu coração continua sendo como o de uma menina descobrindo o mundo, cheia de sonhos, apaixonada por artes e pessoas, porque não consigo conceber um sem enxergar o outro, a essência.

E por ser assim, perceptiva (sem entretanto, conseguir explicar sempre o que sinto e percebo), também me tornei uma pessoa inquieta e crítica. E acho que é por isso que eu sempre tive muita dificuldade em responder a pergunta "o que você faz?" ou "qual a sua profissão?". Primeiro porque sendo inquieta, experimentei muitas coisas (algumas por escolha própria, outras porque a roda da vida se se encarregava do destino); segundo porque minha alma de menina quer muitas coisas ao mesmo e como toda menina, há dificuldade de fazer escolhas (isso deve ser um trauma mal resolvido de infância e que qualquer hora eu trato em um divã), então, eu quero ser professora, designer, produtora, artesã... tudo ao mesmo tempo (rsrs); em terceiro lugar, eu realmente gosto das coisas que faço na mesma proporção e, nas coisas que faço procuro sempre fazer o melhor dentro das minhas condições, de forma que acabo dando o mesmo grau de importância a tudo o que me proponho fazer. É claro, que uma pessoa assim acaba sofrendo algumas frustrações na vida, afinal, nem sempre conseguimos os resultados que almejamos.

Mas acho que estou começando a virar gente grande. Sabe gente, eu demorei a aceitar sala de aula como profissão. Acho que era insegurança e agora que estou lá, tanto com as crianças especiais, como com os adolescentes da rede pública, não me sinto desconfortável. Confesso que desconfortável e frustrada eu me sentia por não exercer a minha profissão de formação, mas agora que estou lá, nem doeu. Ensinar artes é um barato, porque descobri que posso fazer com os meus alunos o que eu queria fazer com os meus amigos de infância e juventude e não conseguia: trazer eles para o meu mundo; ser a louca apaixonada pelas coisas do mundo sensível e poder compartilhar isso sem ser rotulada de "a estranha".

Agora, mesmo atarefada e meio atrapalhada ainda (tenho 18 turmas em 3 escolas), não consigo abandonar a criação. Amo desenhar as bolsas, amo elaborar cada detalhe, amo estar envolvida em processos criativos e adoro a vaidade branca de ter uma marca com coisas criadas por mim. Encontrei nos desenhos das peças uma forma de me expressar, de falar também de mim, como quem pinta um quadro. E ainda que seja difícil realizar os projetos, já não sei mais viver sem fazer isso. E viva a multi-funcionalidade!

Foi pensando em tudo isso que concluí após três décadas de existência que eu nunca seria feliz sendo outra senão aquela que conheci a mim mesma, nos meus sonhos de menina. E foi preciso a roda da vida ter dado muitas e muitas voltas e ter mudado o meu destino várias vezes (e foi preciso), que voltei às minhas origens idiossincráticas, aquilo que na verdade nunca deixei de ser e de sonhar, dos tempos de quando eu ainda não tinha certeza de que queria ser uma professora de artes, mas que já tinha a certeza de que era no mundo das artes, da criação e da sensibilidade que haveria de me sentir mais confortável e com um lugar ao sol nesse mundo. Bem, ao menos disso, já não tenho mais dúvidas.

Hoje eu sou professora de artes e designer da minha marca independente, a Pomar. Com orgulho.
Muito prazer, eu sou Silvana.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Do últil ao agradável!



Continuando as novidades saindo do forno quentinhas...
Como eu sou uma pessoa que adoro me enrolar com mil compromissos (somente os que eu dou conta, tá) eu arranjei mais uma sarna pra me coçar (coceirinha gostosa, né gente - rsrs).
Está aí. Essa é a nova marca: Utile&Dolce (em italiano), originário do latim "utili dulci", termo que originou em nosso português a expressão "juntar o últil ao agradável".

Sim, uma nova marca em parceiria com a amiga e ex-sócia Paloma (na loja que tínhamos) e agora sócia novamente (a vida é um ciclo).

Criamos a Utile&Dolce para trabalhar apenas com brindes empresariais ou não, mas fofos sempre. Nossa primeira encomenda é para uma loja âncora do Shopping Pátio Belém e estamos felizes, porque este é um trabalho que nos dá muito prazer, menos trabalho e dinheiro certo! Importante essa última parte, né? (rsrs)

Os primeiros projetos aprovados foram estes, que pensamos juntas, eu e Paloma, e que fiz, eu mesma, com os meus parcos conhecimentos em corel. As peças pilotos ficaram prontas, mas não consegui fotografá-las ainda.
clique na imagem para ampliar
Então é isso, ainda estamos nos organizando para criar um mix de produtos bem fofos para o portifólio da Utile&Dolce. A Pomar continuará com bolsas exclusivas. A Utile é outra história... digamos uma visão mais empreendedora. (kkkk)

Ah, não posso esquecer de falar e agradecer: a marca da Utile&Dolce, foi feita pela minha amiga querida e talentosíssima Michelle Cunha. Achei que ficou linda, bem dentro do que queríamos. Nós amamos! Obrigada Mi!!!!

Beijos em todas. Té semana que vem.

Sil.

Um prazer nada solitário


Eu e ela fazemos muitas coisas juntas. Com menos frequência do que eu gostaria, é verdade. Mas outro dia achei curioso que nos dispuséssemos a ler juntas ao mesmo tempo, ainda que cada uma a sua leitura, sem que tivéssemos planejado. Aparentemente essa pode ser uma atividade individual: cada um lê o seu livro na sua e isso parece ser um prazer solitário.
Era o que pensava até ter Luna. Mas quando ela estava por volta dos 9 meses comprei para ela um livro chamado "Estrela Cor de Rosa", que conta a história de uma avó e sua neta. Líamos sempre para ela desde essa idade e ela, curiosamente e mesmo um bebê, sempre escutou. Ela aprendeu a ler aos 4 anos. Vieram outros livros sempre. De todos os lados: de mim e do pai, avô, do tio, dos amigos.
Hoje ela já faz as próprias escolhas, mas é um descuido nosso e ela esquece que ler é prazeroso. Então, sempre que o pedido parte dela própria a gente faz questão de atender e, acreditem, às vezes, livros integram as listas de presentes que ela gostaria de ganhar no Natal e no aniversário!
Mas não é sempre assim. Se ela nos vê muito tempo sem ler, ela também desinteressa, porque criança é assim, copia os adultos em tudo e, nesses dias aí, em que foi tirada essa foto, eu estava pegada no García Marquez e ela, junto comigo, na história linda que ela já havia visto no cinema, mas que, gostou tanto que implorou pra gente comprar o livro. Exitamos: era um livro grande demais, "mas eu juro que vou ler, pai", ela pediu com cara de cachorro "pidão". E como o cachorro da história, achamos o livro em uma boa liquidação e não resistimos. Ela ficou radiante e leu 6 capítulos de uma só vez.
Ler ao lado dela nunca é um prazer solitário, ainda que cada uma leia o seu. De vez em quando ela me interrompe para perguntar uma palavra que não entendeu e pegamos o dicionário para procurarmos juntas. Ela, de vez em quando quer parar para me contar um fato novo da história e em outras vezes, eu silenciosa, me delicio com o prazer dela, quando a percebo completamente envolvida, dando risinhos solitários com suas descobertas.
Definitivamente, ler em companhia de um filho não é um prazer tão solitário. É um aprendizado para ambos!
Luna lê, aos 8 - Marley e eu.
Eu leio aos 34 - O amor nos tempos do cólera. (Grata e encantada por ler somente agora e não aos 16 como queria meu pai. Tem certas leituras em que deveria vir prescrita a idade certa para ser lida)